quarta-feira, 29 de abril de 2015

IPC 10 anos: Vale a pena sonhar!


 Alguém já disse que quando paramos de sonhar, começamos a morrer. De fato, quando desistimos dos nossos sonhos a vida tornar-se insípida. Quem parou de sonhar, na realidade, parou de lutar. E quando desistimos de lutar, tudo se resume em letargia e imobilidade.

Famílias que desistem de sonhar serão arrastadas pelo derrotismo. Pessoas que desistem de sonhar serão vencidas pelo pessimismo. Uma igreja que desiste de sonhar será vencida pelo imobilismo. Em outras palavras, quando a igreja não persevera em alcançar seus sonhos, ela perde a habilidade de movimentar-se. Essa igreja pode ser tornar um “monumento”, mas não um “movimento”. Quem sonha, afirmo, está em movimento; está olhando na direção do horizonte e buscando novos alvos, novos espaços, novas situações para anunciar a mensagem que estrutura seu sonho.


Esse texto tem como pano de fundo um acontecimento histórico. A Igreja Presbiteriana de Carazinho, no dia 03 de Abril, completa 10 anos. Nestes 10 anos, é possível afirmar que nem todas as nossas decisões foram as melhores. Certamente nem tudo saiu da maneira que planejamos. Ah, mas se existe algo que nunca foi perdido nestes 10 anos, digo sem hesitação, é a nossa capacidade de sonhar.

No ano de 2005 a Igreja Presbiteriana era uma desconhecida em Carazinho. Não tínhamos pessoas consolidadas e muito menos um local para reunir. As perspectivas naqueles dias não eram as melhores. Todavia, perspectivas ruins não têm o poder suficiente para sufocar os nossos sonhos. Os sonhos olham mais à frente. E foi justamente isso que fizemos. Alugamos um pequeno, limitado e simples imóvel. Ali, no dia 03 de Abril de 2005 realizamos o primeiro culto público. Naquele domingo distribuímos convites no bairro e oramos a Deus pedindo a sua bênção e direção para o passo que estávamos dando. Pois bem, algumas poucas pessoas vieram. Começamos!
    
O que ocorre ao vivenciar essas experiências, é que nos tornamos pessoas que não têm medo de sonhar.  Lá pelos idos de 2007 surgiu a idéia de que deveríamos melhorar o espaço físico da igreja. Começamos a sonhar com a locação do antigo centro de distribuição dos correios de Carazinho. Os custos eram bem maiores. A princípio, achamos que seria um passo perigoso. Como sonhar “não custa nada”, pedimos orientação ao nosso Pai sobre o que fazer. Percebíamos naqueles dias que Ele alimentava essa esperança. Por isso decidimos não retroceder nessa visão. A igreja rumou para a mudança, rumou para novos ares – rumou para um novo tempo. 

Veja só, o hábito de sonhar foi perseverante. De 2009 para 2010 nossa mente estava inquieta. Queríamos um terreno, queríamos construir um templo. Naqueles dias pensamentos aniquiladores de sonhos surgiam: “Jamais conseguiremos um terreno bem localizado. No centro? Nem pensar!” Ou: “Como sonhar com o melhor com os (poucos) recursos que dispomos?” Mas o sonho foi indubitavelmente maior do que as forças de desestímulo. O Pai que está nos céus abriu uma porta. Usou pessoas. No final do ano de 2010, conseguimos dar passos na direção da compra do terreno na Av. Antônio José Barlette, no centro da cidade... O sonho adquiriu ares de algo amalucado, porque construir um grande templo sempre será algo demasiadamente custoso e desgastante. Pois bem amigo leitor, estas linhas foram escritas nas dependências deste templo, pois em Maio de 2013 efetivamente nos livramos do aluguel. O que parecia loucura transformou-se em algo tangível, para a glória de Deus.

Quando olhamos para as Escrituras, percebemos que nossos sonhos necessitam se apoiar numa virtuosa atitude – a fé! Essa é a “certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem” (Hb 11.1). Jesus Cristo é o “Autor e Consumador” dessa fé criadora (Hb 12.2). Diante de tudo isso, noto que a nossa capacidade de sonhar ainda é bastante pulsante. Nossa mente enxerga muitos discípulos de Cristo (ensinados, consolidados e multiplicando). Sonhamos com muita desenvoltura nos ministérios, muita atitude em espalhar o Evangelho, muito impacto sobre o povo gaúcho. O horizonte nos chama. Estamos com os olhos aguçados. Caro leitor, podemos lhe dizer sem medo: Vale a pena sonhar!

Rev. Paulo Foltran Kolorki.