A observação não necessita ser demasiadamente acurada para percebemos que muitas correntes de pensamento proliferam no mundo pós-moderno (a "época das incertezas"). À luz da Bíblia, a realidade é que as diretrizes da sociedade - sejam em suas expressões culturais, éticas, filosóficas, psicológicas, espirituais ou governamentais - estão sujeitas à influência das trevas: "Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no Maligno" (1 João 5.19). Ciente disso o critianismo engajado, crítico e consolidado nos fundamentos da Escritura não deixará de perceber a operação maligna na mentalidade dominante do mundo em que vivemos.
Hoje avaliaremos 7 conceitos que, mediante inequívoca influência espiritual, tendem a minar as bases da fé e da vivência cristã. Observe quais são:
1) Relativismo
2) Individualismo
3) Tolerantismo
4) Secularismo
5) Pragmatismo
6) Hedonismo
7) Consumismo
1) O Secularismo
O termo secularismo origina-se de uma palavra que significa “mundano”, “deste século”. Secular é o oposto do sagrado, do espiritual. É a corrupção doutrinária que ignora os princípios espirituais, banalizando e futilizando o sagrado. O secularismo tenta destronar a Deus e exaltar o homem. Sucumbimos ao secularismo quando adotamos as mesmas atitudes, valores e metas que aqueles que não conhecem a Jesus como Senhor e Salvador adotam.
Romanos 12.2: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”
2) O Relativismo
O relativismo é uma linha de pensamento que nega que possa haver uma verdade absoluta e permanente, ficando por conta de cada um definir a “sua” verdade. Nessa ótica tudo é relativo ao local, à época ou a outras circunstâncias. Para a sociedade relativista, as verdades e valores da Bíblia são relativos e parciais. Ou seja, a prática da moral e da ética depende da experiência de cada pessoa. Nesta categoria poderíamos também falar do "pluralismo inclusivista", tendência em que todas as correntes religiosas são aceitas e incluídas numa perspectiva mais "ampla" da verdade e da inter-relação do exercício da espiritualidade. Esse discurso, todavia, não é o mesmo discurso de Jesus de Nazaré.
João 14.6: “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.”
1 Timóteo 3.15: “… saiba como as pessoas devem se comportar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e fundamento da verdade” (NVI).
3) O Individualismo
Podemos definir o individualismo como a teoria que faz prevalecer o direito individual sobre o coletivo. Esta doutrina põe sua ênfase sobre as ações e vontades do indivíduo em detrimento do grupo.
A doutrina do individualismo tende a contaminar o cristianismo, gerando uma sub-cultura cristã individualista que descarta qualquer ênfase social ou mais profundamente comunitária do Evangelho.
1 Coríntios 13.4-5: “O amor (...) não procura os seus interesses.”
Filipenses 2.6-7: “Pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo.”
4) O tolerantismo
É a tendência indiscriminada em fazer tolerância dos valores sem prestar atenção ou exercer juízo no que se tolera. Com isso o tolerantismo desemboca no relativismo, pois se aceita qualquer coisa sem o uso de critérios. É o princípio do “consentir sem jamais contestar." Nesse sentido, um pensador inglês do século XX chamado G. K. Chesterton disse: "A tolerância é a virtude do homem sem convicções."
1 Coríntios 5.11: “Mas, agora, vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal, nem ainda comais."
5) O Pragmatismo
Teoria que afirma que a verdade consiste naquilo que é útil, naquilo em que se alcança êxito ou satisfação. Para o pragmatista, tudo o que desembocar em resultados satisfatórios é a verdade. Sob esta influência não existem escrúpulos éticos ou doutrinários. Em outras palavras, "funcionou, tá valendo."
Gálatas 1.10: “Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo.”
6) O Hedonismo
O hedonismo (do grego hedonê, "prazer", "vontade") é uma teoria que afirma ser o prazer o supremo bem da vida humana. Designa uma atitude de vida voltada para a busca egoísta do “prazer sem limites”, sem reprimir seus instintos ou "amarrar-se" em sistemas morais. O objetivo do hedonista não é deleitar-se no Senhor, mas no próprio ego e nos próprios desejos. O hedonista diz: “O que importa, acima de tudo e de todos, é a minha satisfação.”
Salmo 1.1-2: “Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, o seu prazer está na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.”
7) O Consumismo
O consumismo é o ato de consumir produtos ou serviços indiscriminadamente, sem noção de que podem ser nocivos ou prejudiciais à nossa saúde física, emocional ou espiritual. O consumismo coloca a satisfação no “ter” e não no “ser”.
Hebreus 13.5: “Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei.”
Conclusão: Após discernir a penetração destas influências no pensamento Pós-moderno, devemos tomar uma decisão: ou seremos integralmente de Cristo, abraçando seus ensinamentos (a verdade) de maneira incondicional; ou viveremos acompanhando o sutil sopro diabólico que penetra na cultura do nosso tempo. Ser cristão, todavia, é ter personalidade para dizer: "Eu não serei moldado por tendências. Eu quero ser moldado por Cristo e viver em plena conexão com a Sua vontade."
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